Recordamos hoje Maria da Natividade com uma criança ao colo.
Longe vão os anos em que esta fotografia foi tirada no Rolão, frente à casa da senhora Martinha, ponto de paragem e de passagem daqueles que vinham da cidade ou para ela se dirigiam. Cidade que ficava distante, a muitas horas de viagem. Cidade que alimentava ilusões de melhores dias e de um trabalho recompensador.
Era assim pelos anos vinte, trinta ou quarenta do século passado. A saída de uma aldeia sem horizontes de futuro, em que os mais novos partiam á procura do "Eldorado".
Recordemos e apreciemos também o transporte que se utilizava. Quase que um miniautocarro. Três ou quatro janelas de cada lado e uns bancos não muito cómodos. Malas, cestos, sacos e cabazes no tejadilho. Tudo era transportável e necessário, especialmente quando o destino era a aldeia.
Atente-se em outra "relíquia" desses tempos. A caixa do correio por baixo da janela do motorista, entre a roda dianteira e a porta que está aberta. Era como que a "última tiragem".
E ainda bem que a fotografia não tem cheiro, porque só o recordar o cheiro do combustível naquele tempo, nos traz à memória o efeito de alguns estômagos que não pactuavam com estas viagens.
Nos dias de hoje quando se passa pela "Martinha", só alguns e cada vez são menos, se recordam das peripécias de uma viagem naqueles tempos.
A. Domingos Santos
Foto cedida por Lucinda Almeida
Longe vão os anos em que esta fotografia foi tirada no Rolão, frente à casa da senhora Martinha, ponto de paragem e de passagem daqueles que vinham da cidade ou para ela se dirigiam. Cidade que ficava distante, a muitas horas de viagem. Cidade que alimentava ilusões de melhores dias e de um trabalho recompensador.
Era assim pelos anos vinte, trinta ou quarenta do século passado. A saída de uma aldeia sem horizontes de futuro, em que os mais novos partiam á procura do "Eldorado".
Recordemos e apreciemos também o transporte que se utilizava. Quase que um miniautocarro. Três ou quatro janelas de cada lado e uns bancos não muito cómodos. Malas, cestos, sacos e cabazes no tejadilho. Tudo era transportável e necessário, especialmente quando o destino era a aldeia.
Atente-se em outra "relíquia" desses tempos. A caixa do correio por baixo da janela do motorista, entre a roda dianteira e a porta que está aberta. Era como que a "última tiragem".
E ainda bem que a fotografia não tem cheiro, porque só o recordar o cheiro do combustível naquele tempo, nos traz à memória o efeito de alguns estômagos que não pactuavam com estas viagens.
Nos dias de hoje quando se passa pela "Martinha", só alguns e cada vez são menos, se recordam das peripécias de uma viagem naqueles tempos.
A. Domingos Santos
Foto cedida por Lucinda Almeida
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