“Tal como aconteceu a muitos dos naturais das nossas aldeias, também os meus avôs procuraram uma vida melhor em Lisboa, local onde nasceu a minha mãe e onde eu e a minha irmã também acabámos por nascer e viver.
Mas as minhas raízes não se encontram numa só localidade da freguesia do Colmeal. O avô paterno, José Maria Barata, do Carvalhal do Sapo, casado com Maria Martins dos Anjos e pai de Manuel Martins Barata, frequentava os piqueniques, decerto com outros conterrâneos, tal como podemos constatar nesta foto de 1931. Ele era o que se encontra a meio da foto. Não o cheguei a conhecer, mas ouvi muitas pessoas dizerem-me que sou parecida com ele.
O avô materno, nesta outra foto, 29 anos mais tarde do que a primeira, deixou-me muitas recordações, pois eu já era adulta quando ele faleceu. Era Adriano Bráz de Oliveira, natural do Colmeal, casado com Germana Lopes de Oliveira e pai de Celeste Barata, Esmeralda Vilhena, Américo de Oliveira e Álvaro de Oliveira.
Tenho muito orgulho em todos eles.”
Texto e fotos de Cila Barata Monteiro
1 comentário:
Obrigado Cila por este teu contributo e pela singela mas sentida homenagem que prestas aos teus avôs.
A fotografia mais antiga é uma autêntica relíquia. No tempo em que se ia para um piquenique de fato e gravata. E se levava o farnel.
A satisfação de rapar o tacho de esmalte (naquele tempo ainda não se sabia o que era o alumínio), o à vontade de descalçar os sapatos de tira e de abotoar ao lado, a satisfação de mostrar a filhó ou o que ainda resta de um debicado cacho de uvas.
O militar garboso na sua farda e o gosto de todos em posarem para a fotografia.
E ainda bem que o fizeram. Passados oitenta anos estamos a recordá-los nesta página indelével das suas vidas.
Parabéns Cila!
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