domingo, 16 de março de 2008

Transportes alternativos...


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Já naquele tempo e em horas de ponta... o problema era o mesmo.

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Mocidade...


Eram assim os jovens dos anos quarenta no Colmeal.


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Figuras e factos


1938


“As ditaduras de esquerda ou de direita têm sempre algo de comum: eliminam as liberdades públicas. Deixando de haver liberdade de expressão do pensamento, surge a repressão, são efectuadas prisões políticas de cidadãos discordantes…
Uma das formas de luta foi a edição de jornais e panfletos pelos quais os não alinhados tentaram, sempre pacificamente e dentro das possibilidades de distribuição, orientar, informar e esclarecer o povo.
Os panfletos (neste caso escritos políticos) impressos e distribuídos nas mais precárias e clandestinas condições foi sistema muito utilizado em Portugal pelos democratas, durante os quarenta e tal anos de ditadura.
Alguns conterrâneos da freguesia ou daqui oriundos, embora poucos, estiveram envolvidos activamente na sua distribuição.
Entre os casos que conhecemos de naturais da nossa freguesia, por justiça hoje trazido a estas colunas, conta-se o de Francisco Domingos, nascido no Colmeal.
Francisco Domingos, um dos vários fundadores da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, foi para a capital ainda moço. Desconhecemos quando e onde adquiriu consciência política, mas nada nos admira que tivesse sido na Carris, onde era operário.
Francisco Domingos era, clandestinamente, distribuidor de panfletos políticos. Apesar do cuidado, atenção e precaução com que trabalhava foi detido pela polícia política, como haviam de o ser muitos outros amantes da liberdade.
Preso em 1934 foi encarcerado nos tristemente célebres “curros” do Aljube onde permaneceu algum tempo. Finalmente, após instrução do processo, foi, então com 26 anos, julgado no tribunal Militar de Santa Clara e em Fevereiro de 1935 deportado para Angra do Heroísmo, condenado a trabalhos forçados.”
Daniel

In “O Colmeal” – n.º 187 – Agosto de 1982


Francisco Domingos foi um dos seis filhos de Benjamim e Maria Olinda Domingos. Nasceu no Colmeal e teve como irmãos – José (prematuramente desaparecido), Maria do Céu, Júlio, Samuel e Manuel.
Pertenceu ao Partido Comunista Português. Na sua casa em Sobral de Monte Agraço viveram-se todas aquelas experiências de reuniões clandestinas, pessoas escondidas, comida partilhada, fugas apressadas e outras situações.
Amigos e familiares ficavam perplexos quando o acompanhavam a Lisboa e o viam, sem mais aquela e sem perceberem com que critério, enfiava jornais e documentos debaixo do braço ou no bolso de algum cidadão que passava.
Francisco teve um filho – Mário Fernando Firmino Domingos (1945 – 1988), que ficou órfão de mãe aos sete meses de idade, quando Joaquina Conceição Firmino morre com apenas 20 anos.
Francisco Domingos casou em segundas núpcias com Otília da Luz, uma segunda mãe para o pequeno Mário. Uma senhora fantástica segundo os que a conheceram e com ela privaram. Tinha uma filha, a Maria Amélia, também pequena mas ligeiramente mais velha que o Mário. Eram como dois irmãos.


Francisco Domingos fez parte do núcleo de fundadores da União.
Na Assembleia-Geral realizada a 4 de Outubro de 1931 é eleito 1.º Secretário na Direcção liderada por Joaquim Fontes de Almeida. Com ele são eleitos Marcelino de Almeida, Aníbal Gonçalves de Almeida, José Henriques de Almeida, José Antunes André e Manuel Martins.

Encontrava-se estabelecido em Sobral de Monte Agraço onde também residia.
Francisco Domingos faleceu em Lisboa, no Hospital de São José em 2 de Setembro de 1961, com apenas 50 anos de idade.

Um dos “Homens da União” que aqui recordamos. Com saudade.

Agradecemos a Lisete de Matos e Celestina da Fonte Almeida a recolha de informação e colaboração que nos prestaram.

A. Domingos Santos

Recordações do passado (XXXIX)


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Fotografia tirada pelos anos quarenta do século passado.
Largo da Fonte. Dia de festa ou de romaria.
Apenas uma ou duas caras "re"conhecidas.

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Recordações do passado (XXXVIII)


No Colmeal em dia de festa. Há quase setenta anos

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Colmealenses no Rossio


Com o teatro de D. Maria II por cenário, estes Colmealenses "passaram por mim no Rossio".
Nos finais dos anos quarenta os modelos de automóveis que vemos na foto não eram para todos (... porque havia poucos...), mas sempre davam para tirar uma fotografia.

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Colmeal 1977


Nesta fotografia datada de Agosto de 1977 revemos uma grande parte dos então dirigentes da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, confraternizando numa curta pausa em dia da festa, neste terraço ao Cimo do Lugar.
Conjunto de jovens em que pontificava a alegria e a boa disposição, onde o sentido de responsabilidade e de entreajuda eram fundamentais e se tornavam evidentes nas realizações levadas a cabo e que foram muitas nesse tempo.
Da esquerda para a direita temos José António Marques Teixeira (Vogal da Direcção e que infelizmente já não se encontra entre nós), António Ferreira Ramos (Tesoureiro), Ilda Marques da Costa Ramos, Maria Eugénia da Costa Ramos e Maria Lucília Domingos Pinto.
Fernando Marques Neves (Presidente da Direcção), Fernando Manuel da Silva Santos Costa (1.º Secretário), Guilherme Nunes Baeta (2.º Secretário da A.G.), Ana Paula de Oliveira Barata (2.ª Secretária da Direcção), António Domingos Santos (Presidente da Assembleia Geral) e Maria Manuela Ferreira da Costa (Vice-Presidente da Direcção).
Maria Manuela Mendes Neves, Rosa de Jesus Nunes Baeta e a pequena Sandra Baeta ao colo.
Ao centro, sentado à mesa, o pequeno Pedro Miguel Mendes Neves que tão prematuramente nos deixou.
À direita, os pais do anfitrião e donos da casa, Abel dos Santos e Arminda Neves Domingos Santos, que também já não estão connosco.
Seria interessante reunir estes ex-dirigentes, muitos dos quais começaram a sua actividade na antiga Comissão de Juventude da União, e saber como analisam agora, trinta anos depois, a sua passagem pelo regionalismo e como o vêem nos dias de hoje.
Obrigado a todos eles pelo entusiasmo e dedicação que votaram à causa regionalista e á União Progressiva.

Foto cedida por Fernando Marques Neves

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Recordações do passado (XXXVII)


No Rolão, era assim a estrada em 1947.
Rasgada, terra batida. Sem mais nada.
Quem se lembra? Talvez os mais antigos.
A estrada para o Colmeal viria mais tarde.
Contem aos mais novos como era. Talvez acreditem.

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Recordações do passado (XXXVI)


Deverá ser a fotografia mais antiga retirada de um dos nossos baús. Não andará muito longe dos noventa/cem anos. Adiantaremos apenas que a criança que se vê em cima do banquinho branco já apareceu em outras fotos que aqui foram recordadas. Talvez os filhos, próximos dos setenta anos, identifiquem e recordem este quadro familiar.

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terça-feira, 11 de março de 2008

Recordações do passado (XXXV)

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Uma foto dos anos trinta/quarenta do século passado, quando as comissões de melhoramentos davam os primeiros passos na defesa dos interesses das suas aldeias perdidas e esquecidas.
Aldeias onde ficavam as mulheres e as crianças, e também os mais velhos. Os mais ousados debandavam Lisboa à procura de sustento para os que ficavam. Uma vida de árduo trabalho, de dificuldades, mas nunca esquecendo o torrão natal e os seus.
Nesta realização da Comissão de Melhoramentos dos Cêpos reconhecemos para além de Luís Ferreira (jornalista), Francisco Luiz e António Domingos Neves, ao tempo dirigentes da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
O entendimento e a solidariedade que existiam entre as várias colectividades, mesmo de concelhos diferentes, era fundamental para a troca de ideias e de experiências, porque as necessidades eram quase sempre as mesmas - falta de estradas, de água, de luz, de assistência médica, enfim, falta de tudo.
Para este entrosamento e para o entusiasmo e alegria que se pressentem nesta fotografia muito contribuía a concentração residencial (Mouraria, Alfama, Escolas Gerais).
Tudo faremos para que fotografias como esta possam ser tiradas novamente.

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Recordações do passado (XXXIV)



Mais uma fotografia retirada de um baú de recordações.
Anos 40. Lisboa, Avenida da Liberdade. Nos tempos em que as pessoas se aperaltavam para ir passear ao domingo.
Luís Neves, Maria de Almeida Brás e Alfredo Pimenta Brás. Maria Preciosa, que foi casada com Francisco Luíz. O filho, António Luís Nunes Duarte. O rapazinho que (mal) se vê à frente será (?) o outro filho, o Joaquim Luís Pinto. Mais atrás e encostado à palmeira, Joaquim Nunes Pinto.

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segunda-feira, 10 de março de 2008

Recordações do passado (XXXIII)


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Da mesma época e provavelmente do mesmo dia (admite-se que de 1957), atendendo a que algumas das personagens se repetem, outra fotografia bem mais composta e com muita juventude.
À esquerda, um pouco encoberto e de cigarro na boca, Manuel da Fonte ( também conhecido por "Barreiras". António (do Açor), o aventureiro que levou o carro ao Colmeal, Joaquim Nunes Pinto e António Pinto. Maria Lucília Domingos Pinto, António dos Santos Almeida (Fontes) e Padre André de Almeida Freire.
António Luís Nunes Duarte atento ao que se passava à sua direita, tal como muitos outros.
João da Paz, um grande amigo do Colmeal e da família Fontes. Joaquim da Natividade Pinto, António Carvalho (recentemente falecido), Manuel Duarte de Almeida e António Braz. Américo Nunes Gonçalves, Alfredo Ferreira (da "Mina"), António e João de Almeida Freire. José Francisco Moita, que durante muitos anos esteve radicado no Colmeal e parte do seu carro de bois, carregado com toros de pinheiro, ainda visível na foto.
E voltamos a perguntar "o que será feito da lápide que se vê na parede e que estava relacionada com a construção do chafariz"?

Foto cedida por Fátima de Almeida Freire

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Recordações do passado (XXXII)


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Já anteriormente havíamos recordado através de uma fotografia (a dos bois à frente do carro...) a odisseia do primeiro automóvel a conseguir chegar ao Colmeal, quando a estrada ainda não estava totalmente rasgada até à povoação.
O "herói" está estacionado onde hoje se encontram dois contentores do lixo, junto ao chafariz.
Esta "recordação" será dos últimos anos da década de cinquenta do século passado.
António (do Açor) parece ter sido o aventureiro e aqui o vemos com António Santos Almeida (Fontes), António Domingos Júnior (ao tempo Presidente da Junta de Freguesia do Colmeal) e Josefa dos Anjos Domingos, que prematuramente entendeu deixar o nosso convívio com apenas 51 anos.
Manuel Duarte de Almeida, Padre André de Almeida Freire, João da Paz, Joaquim Nunes Pinto e o filho Joaquim da Natividade Pinto.
A jovem que se vê em primeiro plano, em pose descontraída, é Maria Lucília Domingos Pinto Carreira da Silva, actualmente Presidente do Conselho Fiscal da União.
Iniciou a sua actividade regionalista como Secretária na Comissão de Juventude em 1973 (um pioneirismo em termos de regionalismo). Veio a integrar a Direcção no período de 1978/1981. Transita para o secretariado da Assembleia-Geral nos anos de 1983 a 1988. Em 2003/4 é Relatora do Conselho Fiscal, cuja presidência vem a assumir em 2005 .

Foto cedida por Fátima de Almeida Freire

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Recordações do passado (XXXI)

Colmeal. Meados dos anos 50

O cenário onde esta fotografia foi tirada reporta-nos à capela do Senhor da Amargura, em visível mau estado, quando comparada com o momento actual.
Reconhecemos na fila da frente, Arménio Fontes de Almeida, António Costa Almeida, Joaquim Nunes Pinto, Fernando Alves Caetano e Joaquim da Natividade Pinto.
No meio, Manuel Mendes Domingos e a seu lado, um dos irmãos do Arménio (o Joaquim ou o Fernando). Atrás vêem-se Fernando Estêvão e António Ramos de Almeida. Não conseguimos descortinar o nome do jovem que está no lado esquerdo da foto.

De Joaquim Nunes Pinto já traçámos um pouco do seu percurso desde a sua estada na América do Norte até à sua passagem pela União.

Fernando Alves Caetano, contando sessenta e quatro anos de associado, exerceu funções na Delegação no Colmeal nos anos de 1978/79. Seu pai, Alfredo Alves Caetano foi Presidente da Delegação entre Janeiro de 1946 e Abril de 1957. Como se trata de uma família de regionalistas, o seu filho Fernando Pinto Caetano é actualmente o Presidente da Assembleia-Geral.

Joaquim da Natividade Pinto, um homem sempre presente nas realizações da Colectividade, foi eleito como Vogal na Direcção liderada por António Santos Almeida (Fontes) em Fevereiro de 1950. Integravam a Direcção Manuel Francisco Brás, José de Sousa Saramago, Francisco Luiz, Abel Nunes de Almeida e Eduardo Ferreira de Almeida. Nesse mandato presidiam respectivamente à Assembleia-Geral e ao Conselho Fiscal dois grandes nomes do regionalismo da freguesia do Colmeal, António Domingos Neves e Manuel da Costa.
Hoje, a sua filha Maria Lucília Domingos Pinto Carreira da Silva preside ao Conselho Fiscal.

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domingo, 9 de março de 2008

Recordações do passado (XXX)

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Pelos anos de 1972 ou 1973, após uma missa por intenção dos sócios falecidos, este grupo de regionalistas da freguesia do Colmeal posou para a fotografia, à porta desta igreja em Lisboa.
Como será natural, alguns nomes já nos falham.
Os anos também passam por nós e a memória por vezes não colabora.
Ao recordá-los, estamos como que maquinalmente, a rever a contribuição que deram para o desenvolvimento das nossas aldeias, que tanto ficam a dever ao seu entusiasmo e determinação.

Albano Pimenta Brás e esposa, Alfredo Pimenta Brás e Maria de Almeida Brás, João de Almeida, Joaquim da Natividade Pinto, Armando Nunes dos Reis, José Elias, José Baeta e Guilherme Baeta. António Santos Almeida e Maria Cecília Almeida. Clementina Neves Santos, a irmã Filomena e Carminda Marques e um irmão.
Abel dos Santos, Joaquim Francisco Neves, José Brás e esposa, Afonso Baptista de Almeida, Aurora Henriques Brás e José Manuel Simões.
Maria Lucília Domingos Pinto, Maria Eugénia Ramos, António Ferreira Ramos e esposa, José Manuel da Costa Ramos. Padre Anselmo Ramos Dias Gaspar. Maria da Ascenção e António Ramos de Almeida.
Manuel Francisco Brás e Prazeres Brás, António Santos Almeida (Fontes) e esposa, Pedro Gaspar Freire, Idalina e mãe, António Nunes, esposa e a filha Noémia, Joaquim Luís, Joaquim Luís Pinto, Eduardo de Almeida Nunes.
Alfredo Marques da Costa e esposa, Abel Ferreira da Ascenção, Fernando Henriques da Costa, América Domingos de Almeida, Fernando de Almeida e a filha Filomena.
Carlos Alberto Santos Almeida, Eduardo dos Santos Ferreira e esposa e Arnaldo Moreira dos Santos.
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Recordações do passado (XXIX)


1945


António Martins da Silva, Arminda Domingos Silva, José dos Santos Ferreira (o "ti" Zé dos Santos - "o Sacristão"), António Domingos Júnior (também conhecido por "Espanhol") e António Domingos com a neta pela mão, América Domingos Silva.

Aproveitamos para recordar um pouco o percurso de alguns deles na Colectividade do Colmeal.

António Martins da Silva foi eleito em 22 de Dezembro de 1940 para 2º secretário da Direcção da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, sendo reeleito em 21 de Dezembro de 1941. Um ano mais tarde passa a Relator do Conselho Fiscal. Em 20 de Janeiro de 1946 é eleito como 1º Secretário da Assembleia-Geral.

José dos Santos Ferreira fez um percurso ininterrupto, entre 25 de Janeiro de 1952 e Março de 1969, na Delegação no Colmeal. Ocupou os lugares de Secretário (7 anos), de Vogal (1 ano) e de Tesoureiro (9 anos).

António Domingos Júnior desempenhou vários cargos na União, entre os anos de 1935 e 1951.
Em 30 de Junho de 1935 foi eleito 2º Secretário da Assembleia-Geral. Dois anos depois passa para a Direcção, onde desempenha os lugares de 1º e 2º Secretário. Em Dezembro de 1940 volta à Assembleia-Geral e acumula com a Comissão de Festas. Passa pela Comissão de Beneficência, regressa à Direcção e de Janeiro de 1948 até 1951 é o Secretário da Delegação, no Colmeal.

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Foto cedida por: Maria Alice Domingos

Recordações do passado (XXVIII)


Fotografia dos anos quarenta do século passado, também ela um pouco alquebrada pela idade, mas que nos recorda pessoas amigas, algumas das quais já nos deixaram.
Reconhecemos Maria Guilhermina, Josefa dos Anjos Domingos, Maria José Henriques (o marido António Domingos está um pouco atrás, encoberto e de boné), Manuel da "Cortada" e esposa, Alfredo da Silva e Álvaro Domingos de Almeida. Também se reconhecem Arminda Domingos Silva e o marido António Martins da Silva.
À esquerda em baixo, Eduardo dos Santos Ferreira (que excepcionalmente não está a fumar...).

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Figuras e factos

“Quem sobe o nosso Colmeal em direcção às Seladas e no local denominado “cimo do lugar”, encontra à sua esquerda, uma modesta e humilde casinha, na qual nasceu a 8 de Abril de 1913, António Domingos Neves, um rapaz como tantos outros, mas que por imperativos do destino, bem cedo ficou órfão de pai, quando tinha apenas quatro anos e meio.
Em face deste desenlace sua extremosa mãe, tomando uma decisão arrojada, mas como o tempo o havia de provar, a mais acertada, seguiu o caminho de Lisboa levando consigo sua filha mais nova.
O nosso António Neves ficou no Colmeal, ao cuidado de sua avó, até concluir a instrução primária.
Após esta concluída, e tendo na altura dez anos, seguiu também para a capital indo viver com sua mãe e irmã, para o Largo da Guia, em pleno coração da Mouraria, onde ao tempo existia uma regular colónia colmealense.
Como não podia deixar de ser, o torrão natal e a casa que lhe serviu de berço, nunca mais os esqueceu bem como os seus amigos, porque felizmente tinha muitos.
Diversos anos se passaram e quando em 1931 se começou a ventilar a hipótese de se fundar uma agremiação regionalista, para cada vez mais unir os colmealenses, ele, o António Domingos Neves, com apenas 18 anos, foi um dos primeiros a aderir a esta iniciativa e a lutar para que a mesma se viesse a concretizar, o que, com grande alegria sua, havia de suceder a 20 de Setembro desse mesmo ano, em que se fundou a União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
Apesar de ainda ser de menoridade quando da sua fundação, começou por ocupar o cargo de secretário da Direcção, da qual foi um dos seus mais directos colaboradores.
O abastecimento de água ao Colmeal até 1936, era por meio de fonte de chafurdo, sistema inadequado e anti-higiénico, pelo que este foi um dos assuntos que mereceram a sua melhor atenção, tendo também contribuído para que fossem as águas exploradas convenientemente, e para que se viesse a construir uma fonte de harmonia com as necessidades da povoação, obra esta concluída em 1937. Ao tempo foi considerada uma das melhores obras existentes em todo o concelho.
Na Primavera de 1938, foi feito o estudo da estrada Rolão-Colmeal, a cuja obra também dedicou o melhor do seu esforço e saber.
Mais tarde, mas continuando sempre ligado à União, foi em 1943, eleito presidente da Direcção, cargo que ocupou com singular brilho. Durante a sua gerência deu continuidade à estrada do Rolão, a então grande aspiração de todos os naturais da freguesia.
O seu amor à causa era tão grande, que chegou a afirmar que “se algum dia perder a minha mãe e a União o meu desgosto é igual”.
Posteriormente, em 1952, foi nomeado presidente da Assembleia-Geral, mas infelizmente não chegou a terminar o seu mandato visto ter sido atacado por doença irremediável e da qual veio a falecer a 25 de Janeiro desse mesmo ano.
Foram homens como António Domingos Neves que tornaram possível o Colmeal de hoje e para eles vai a nossa eterna gratidão.
Paz à sua alma.”
Daniel

In Jornal “O Colmeal” nº 53 – Dezembro de 1964

Na data em que faz 56 anos que nos deixou, recordamos o percurso deste “Homem da União”:
2º Secretário da Direcção (1933/1934); 1º Secretário da Direcção (1935/1941, 1945);
Presidente da Direcção (1942, 1946); Comissão de Beneficência (1944); Presidente da Assembleia-Geral (1948 até 25 de Janeiro de 1952).

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Recordações do passado (XXVII)


Já anteriormente (Recordações do passado XII) aqui trouxémos duas fotos da homenagem prestada ao Senhor Padre André, no recinto das Seladas, local muito agradável e hoje bem mais cuidado.
A foto que hoje inserimos, foi tirada de outro ângulo. Mostra-nos em primeiro plano e de máquina fotográfica na mão (o chamado "caixote") Alfredo Marques da Costa (pai de Fernando Costa). A seu lado Manuel de Almeida Santos, do Carvalhal e que tal como Albano de Almeida, do Açor, eram figuras sempre presentes em todas as manifestações regionais, especialmente as da freguesia.
Ainda e da esquerda para a direita, reconhecem-se mais dois representantes do Açor, César Fernandes e José Martins (avô paterno da Dr.ª. Lisete de Matos e aqui, como se percebe, a saborear a refeição).
Do lado esquerdo da fotografia António Luís Nunes Duarte.
Como ao tempo quase todos os homens usavam chapéu, as árvores tinham mais uma função - a de bengaleiro.

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Foto de Amilcar de Almeida

Recordações do passado (XXVI)


Anos 50


Na primeira fila reconhecemos Palmira Martins da Cruz ( irmã do Dr. Manuel Martins da Cruz, grande dirigente da União), Margarida Reis e os filhos Ana Selma e Ricardo; Lucília Henriques de Almeida e Maria do Carmo Costa, Esmeralda Lopes de Oliveira Vilhena e Arminda Martins Brás.
À direita e em baixo, Albano de Almeida, André Fernandes de Almeida e Emília de Almeida (todos do Açor).
Na segunda fila, à esquerda Mário Firmino Domingos (filho de Francisco Domingos, que viveu no Sobral de Monte Agraço); o terceiro, José Henriques de Almeida (do Sobral) e esposa; Benvinda Canelas Neves e Silvina Costa. Atrás delas, Mário Mendes Domingos. Mais atrás e à direita, Maria da Assunção e José Elias, o motorista e Emília Domingos. Ao cimo, Maria Helena e o marido Rui Neves (filho de Joaquim Francisco Neves).
Atrás de José Henriques de Almeida, Alfredo Pimenta Brás tendo ao lado Manuel de Almeida Santos. Na fila de cima, Albano Pimenta Brás. Armando Nunes dos Reis à esquerda na foto.
Continuamos a não saber a data da foto nem onde foi a excursão, apesar de vários contactos estabelecidos.
Já havíamos publicado anteriormente uma foto relacionada com este passeio.
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Foto de Amilcar de Almeida

Recordações do passado (XXV)


Foto da segunda metade da década de cinquenta do século passado.
Em cima, do lado esquerdo, Rui Domingues (filho de Maria do Céu Nunes e Manuel Domingues);
A seguir, António de Almeida Brás, actualmente em Moçambique. Filho de Maria de Almeida Brás (a "Ti Maria do Soito") e de Alfredo Pimenta Brás.
O quarto, António Alcindo de Almeida. Depois, o Arménio de Almeida e na fila do meio, o irmão Amílcar de Almeida (ambos do Açor).
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Foto de Amilcar de Almeida
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Recordações do passado (XXIV)


5 de Novembro de 1961

Ao fundo temos o Eng. António Santos Almeida (Fontes). A seguir, a esposa Maria da Assunção Almeida; Maria de Almeida Brás (a "Maria do Soito"), o filho António Almeida Brás e o marido Alfredo Pimenta Brás; Fernando Manuel Gonçalves Brás e o pai Manuel Francisco Brás; Celeste Barata e o marido Manuel Martins Barata (do Carvalhal); Manuel Henriques (Machado), Samuel Domingos, José Brás, Albano de Almeida e o filho Arménio de Almeida (do Açor).
De costas, Abel dos Santos (apenas se vê parte da face) e a esposa Arminda Neves Domingos Santos; Prazeres Brás (esposa de Manuel Francisco Brás), Francisco Luís (o "Xico das quotas"), Eduardo Ferreira de Almeida, Manuel Domingues, Álvaro de Almeida ( do Roçaio - encoberto, apenas se vê parte da cabeça) e António Domingos
Não nos foi possível identificar o senhor que está em primeiro plano na fotografia.
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Foto de Amilcar de Almeida

Recordações do passado (XXIII)


Anos 40 do século passado


Jovens de então, vestidos à moda, aqui temos Joaquim da Natividade Pinto (de chapéu na mão), António Ferreira Ramos (ao centro) e Francisco Almeida (?).
Não nos foi possível confirmar o último nome.
Mas sabemos que uma grande amizade os unia.

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Recordações do passado (XXII)


1949

Quase sessenta anos depois retiramos do baú esta fotografia.
Padre André de Almeida Freire tendo a seu lado Afonso Batista de Almeida, um grande dirigente regionalista e amigo do Colmeal. Certamente que esta fotografia terá sido tirada num momento de franca camaradagem e de boa disposição, apesar de alguns rostos se apresentarem um pouco sisudos. Será que os charutos serviram para confirmar uma boa refeição?

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Recordações do passado (XXI)

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No final de uma missa por intenção dos sócios falecidos, à porta da igreja próxima da Rua da Madalena e antes de mais um almoço comemorativo da União. Um grande grupo de sócios com assinalável representatividade das várias aldeias da freguesia. Segunda metade dos anos sessenta do século passado
Reconhecem-se entre outros António Santos Almeida e esposa, Alfredo Pimenta Brás, esposa e filha, Eduardo Santos Ferreira, Padre Anselmo e José Augusto Elias.
Henrique Brás Mendes e esposa, Margarida Marques e José Martins Gomes, Fernando Costa, João de Almeida, José Nunes de Almeida e Fernando Pinto Caetano.
Albano Pimenta Brás, Luisa Maria Costa, António Ferreira Ramos e Afonso Batista de Almeida.
Manuel Francisco Brás e Prazeres Brás, Urbana e Alfredo Costa, Petra e Joaquim Nunes Pinto.

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Recordações do passado (XX)


Anos 60. Colmeal. Largo da Fonte.
A folhagem no chão indicia final de verão e de férias.
Duas amigas, Aurora Henriques Brás e Maria Lucília Domingos Pinto, para a posteridade na fotografia que agora recordamos.
No tempo em que ainda não havia água canalizada em casa.

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Recordações do passado (XIX)


Em Lisboa, numa das suas ruas, há precisamente 60 anos, vários "filhos" da freguesia do Colmeal posam para a fotografia que agora estamos a admirar. De lá partiram rumo a Lisboa na expectativa de uma vida melhor. Por cá ficaram.
Nos anos sessenta a família de Samuel Domingos sentiu necessidade de emigrar para França.

De pé – O casal Samuel Domingos e Emília da Ascensão com o filho ainda bébé, Vítor A. Domingos (actualmente reside em França); Abel Ferreira da Ascensão, Joaquim da Natividade Pinto e António Silva (casado com Arminda Domingos)
Em baixo – António Domingos Silva ? (filho de Alfredo Silva), Eduardo dos Santos Ferreira (inseparável do seu cigarro), América Domingos da Silva, Arminda Jesus Domingos e Aurora Domingos Henriques.
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sexta-feira, 7 de março de 2008

Comunhão no Colmeal

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Fotografia tirada no então Largo da Fonte, na segunda metade dos anos cinquenta.
Juntamente com o Padre André de Almeida Freire a juventude desse tempo.
Reconhecem-se entre outros António Costa Almeida, Rui Domingues, Fernando Estêvão, António Almeida Brás, Álvaro de Almeida, Victor Domingos e Ermelinda Freire.
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Em 17 de Agosto de 1952 estes três jovens fizeram a sua primeira comunhão.
Fernando Marques dos Santos, António Domingos Santos e Leonel Silveira Batista.

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Recordações do passado (XVIII)


Colmeal 1947

Sessenta anos depois rebuscámos e desencantámos esta fotografia do fundo de um dos baús de recordações que todos nós temos.
A jovem de nome Lucinda (filha de Lucinda Lopes) e que foi viver para os Estados Unidos da América está ladeada por Horácio Nunes dos Reis e Joaquim da Natividade Pinto.
Horácio Nunes dos Reis (à esquerda na foto) viria no ano seguinte a iniciar a sua carreira de dirigente da União.
Em 18 de Janeiro de 1948 é eleito 1º Secretário da Assembleia-Geral, cargo que desempenha até final de 1952. Após um pequeno interregno motivado pela sua saída para o ex Congo Belga, volta a desempenhar outros vários cargos entre os anos de 1955 e 1970 - Vogal da Direcção e da Comissão de Festas e Assistência, Secretário e Vice-Presidente da Assembleia-Geral. São desses anos as famosas, muito concorridas e animadas festas que a União levava a efeito no salão nobre da Casa das Beiras, no Largo de São Domingos, em Lisboa.
Em 1979 é eleito Vice Presidente da A. G. tendo nos dois anos seguintes ocupado o cargo de Presidente no mesmo órgão.
O seu último acto foi o de presidir à Assembleia-Geral de 20 de Março de 1982, tendo sido secretariado por Pedro Gaspar Freire e António Domingos Santos.
Vinte e cinco anos depois, sabemos que continua a acompanhar as actividades da sua União Progressiva. Ficará para sempre como sendo um dos "Homens da União".

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Recordações do passado (XVII)

(clique na foto para ampliar)

Casa das Beiras. Salão Nobre.
Dezoito de Outubro de mil novecentos e sessenta e quatro.
Quarenta e três presenças num almoço de aniversário da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
Na primeira fila Cidália Braz, Carminda Almeida Henriques, Antonieta Fontes, Lucinda Costa Almeida, Prazeres Braz, Adelaide Reis, Pároco do Colmeal, António Santos Almeida (Fontes), Manuel Martins da Cruz, Arminda Santos, Eugénia Santos, Margarida Reis, Luísa Casa Reis, Maria do Carmo Costa.
António Braz, Amílcar de Almeida, Arménio de Almeida, Albano de Almeida, Jaime Fernandes de Almeida, Horácio Nunes dos Reis, Joaquim da Natividade Pinto, António Domingos Santos, António Ferreira Ramos, Manuel Francisco Braz, Eduardo Ferreira (Elias), Manuel Almeida Henriques, Francisco Luiz, Eduardo Santos Ferreira, Fernando Henriques da Costa, Abel dos Santos, Alfredo Marques da Costa, Armando Nunes dos Reis, Alfredo Pimenta Brás, José Henriques de Almeida, José Brás, Afonso Baptista de Almeida, José Francisco de Almeida, António Ramos da Natividade, António Lopes Machado e João Manuel Granjo dos Reis.
Falham-nos três nomes para uma completa identificação. Vamos tentar obtê-los.
Eram quarenta e três nesse dia de festa. Naquele salão onde a União teve dias e noites de muita alegria.
Apenas dezoito se encontram entre nós. Recordamos todos os outros com muita saudade.
Quarenta e três anos depois.

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Andebol no Colmeal



De um jornal amarelecido pelo tempo retirámos esta fotografia.
Num mês de Agosto particularmente fértil em manifestações desportivas - o jogo de futebol inaugural no Parque das Seladas, entre as equipas do Colmeal e dos Cepos, já referido anteriormente neste espaço de debate.
Uma gincana automóvel que despertou particular interesse, ganha por João de Deus Duarte e sua filha Maria de Deus.
Um outro encontro de futebol, aliás disputadíssimo, entre Solteiros e Casados que acabou empatado a quatro bolas.
E um jogo de andebol entre duas equipas femininas.
Ganhou a equipa do Centro Paroquial à da União, por 5-3.
Uma pergunta deixamos no ar - onde param estas praticantes da modalidade? O que fazem hoje estas jovens?
Tudo isto foi em Agosto de 1972.
Trinta e cinco anos depois estamos aqui a recordá-las.

in jornal "O Colmeal" - n.º 116 - Setembro de 1972

Recordações do passado (XVI)


Princípios dos anos 60 à porta da Igreja do Coleginho, após uma missa por intenção dos sócios falecidos.
Muitas caras conhecidas, algumas delas infelizmente já desaparecidas do nosso convívio, mas não da nossa memória.
António Santos Duarte, Alfredo Pimenta Brás, esposa e os filhos Maria Eugénia e António, Alfredo Costa, Fernando Costa, António Santos Almeida (Fontes) e esposa, Manuel da Costa, Francisco Luís e irmão.
Abel dos Santos, esposa e filho, José Elias e o filho Eduardo, Benvinda Neves, Mário de Almeida e a filha Maria Helena.
José Nunes de Almeida, Alfredo Ferreira, Samuel Domingos, Celeste e Manuel Martins Barata.
António Ferreira Ramos, João de Almeida, Padre Fernando Rodrigues Ribeiro, José Brás e Manuel Francisco Brás.
António Luís Nunes Duarte, Maria Justina Almeida, Lúcia Fontes Duarte e Maria Inocência Neves.
Passados todos estes anos, é natural que falhem alguns nomes. Contamos com a sua compreensão e se possível com a sua preciosa ajuda.

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Futebol no Colmeal



Colmeal 8 - Cepos 0

Jogo no Parque das Seladas. Novo o campo. Novos os equipamentos. Novos os emblemas.
Vinte e quatro equipamentos novos, oferta do colmealense dedicado Sr.. Fernando Costa.
Após a apresentação das equipas, começou o jogo, com a seguinte constituição, dirigida pelo árbitro A. Gaspar:

Colmeal - C. Alberto; A. Paz (F. Freire) e Pedro; Zé Alberto (Artur), Victor (Fernando do Soito); Ivo e A. Marques (F. Costa).

Cepos - André; Dias (Gomes) e Manel (Almeida); Carlos (Pedro), Alberto (Zé Pinto); Victor (Arménio) e Paulo.

Do primeiro ao último minuto os rapazes do Colmeal mostraram possuírem um futebol mais adulto, com regular passagem de bola, uma defesa segura, e um remate de bom estilo, com dois homens sempre sobre a baliza. Não nos admira, por isso, a vitória dos rapazes da casa. O público assistiu com entusiasmo à partida e foi com gosto que viu a taça "Centro Paroquial" ser entregue à sua equipa, que, representando a União, ofereceu o troféu ao mesmo Centro Paroquial. Ao longo de todo o jogo houve várias substituições dum e outro lado, o que não veio modificar o cariz do encontro. Antes pelo contrário veio assegurar a supremacia físico-técnica dos jogadores do Colmeal.
A arbitragem a cargo de A. Gaspar, esteve dentro dos limites de segurança.
Repórter Z

in Jornal "O Colmeal", n.º 116 - Setembro de 1972

Recordações do passado (XV)


As pessoas estão muito compenetradas, algo sisudas.
Também é verdade que ainda não começaram a comer.
O guardanapo enrolado à volta do pão, como se usava na altura, é prova de que mal se sentaram, o fotógrafo lhes terá pedido para se "porem bonitos" para a foto que, nós hoje, aqui estamos a recordar. Armando Nunes dos Reis (de costas) ouve o sorridente filho Ricardo. Por perto a irmã Selma e a mãe. Manuel Martins da Cruz, António Santos Almeida (Fontes) e esposa, José Brás, Francisco Luís, José Elias, Albano de Almeida e seu filho Amílcar, José Alberto, Fernando Costa e o pai. Conjunto de personalidades com presença sempre assegurada nas realizações da União e muito especialmente nos seus almoços de aniversário. Pessoas que ajudaram a fazer a Colectividade e que muito deram de si, para que quase meio século depois ela continue a existir.
Na mesa da presidência reconhece-se ainda Afonso Batista de Almeida, outro grande regionalista da vizinha freguesia de Cadafaz, grande amigo do Colmeal e da União Progressiva. Foi Presidente da Liga de Melhoramentos de Cadafaz e do Grupo A Bem da Sandinha durante vários anos.

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quinta-feira, 6 de março de 2008

Recordações do passado (XIV)


Num almoço em Lisboa (pena que a qualidade da fotografia não seja a melhor) reconhecemos vários "Homens da União". Década de 50 do século passado. Tempos ainda muito difíceis e em que muita coisa faltava nas nossas aldeias. Estrada, telefone, electricidade, etc., etc.
João de Deus Duarte e esposa, Albano e Alfredo Pimenta Brás (dois irmãos que de muito cedo se dedicaram à União e à causa regionalista), José Nunes de Almeida (o sócio mais antigo da Colectividade) e o seu irmão Abel Nunes de Almeida.
Manuel Martins Barata, outro "Homem da União" e que muito também veio a fazer pelo desenvolvimento da sua terra, o Carvalhal. Francisco Luís e o filho Joaquim Luís Pinto, hoje cobrador da União, tal como seu pai o fora em tempos. José Henriques de Almeida, um dos pioneiros, sempre presente. Samuel Domingos, Eduardo Ferreira (Elias), o jornalista Luís Ferreira e ao centro, Manuel Martins da Cruz.

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Acácio Mendes da Veiga



"Será, sem sombra de dúvida, um dos filhos mais ilustres do Colmeal. Homem simples, modesto e leal, é das pessoas com quem dá prazer conversar, visto não ter um mínimo de vaidade; com a sua simplicidade e simpatia fala ao rico, ao pobre, ao jovem ou mais idoso.
Desde sempre tem estado na primeira linha, colaborando em todas as iniciativas que tenham como fim o progresso e o desenvolvimento do nosso Colmeal.
A nossa freguesia, bem como a União Progressiva da Freguesia do Colmeal, da qual é associado desde longa data, muito lhe devem, porque desde sempre se tem colocado ao seu dispor, quer contribuindo materialmente para qualquer melhoramento, cedendo gratuitamente terrenos para construção de obras ou dando o seu conselho amigo e sempre útil.
Em face das suas inúmeras qualidades, desempenhou os cargos de vice-presidente e presidente da Câmara Municipal de Góis, tendo realizado uma obra que fica a marcar na vida e progresso do nosso concelho."...
Daniel, in Jornal "O Colmeal" n.º 61 - Setembro de 1965


Podemos aqui recordá-lo com Eduardo Ferreira (Elias), Alfredo Pimenta Brás e José Brás. À sua esquerda (à direita na foto) Manuel da Costa e Manuel Mendes Domingos.

Num ambiente deveras informal em que se vislumbra um antigo forno de cozer a broa, vemos Acácio Mendes da Veiga entre Manuel da Costa e António Santos Almeida (Fontes).
À cabeceira da mesa (normalmente é quem paga a conta...) Eduardo Ferreira (Elias).
Em pé, António Domingos Júnior (o dono da casa...) e em primeiro plano Manuel Domingues, Eduardo Santos Ferreira e Manuel Mendes Domingos.
Estas fotografias terão cerca de quarenta anos e provavelmente tiradas aquando da inauguração de uma rua com o seu nome, no Colmeal.

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Recordações do passado (XIII)


Num almoço da colectividade, finais dos anos cinquenta, um grupo de verdadeiros e inquestionáveis "Homens da União".
São eles Manuel da Costa, Manuel Martins da Cruz, José Augusto Elias, José Henriques de Almeida, Albano de Almeida, Armando Nunes dos Reis, Eduardo Ferreira (Elias) e Francisco Luís.
Rui Francisco Neves, Abel dos Santos, António Luís Nunes Duarte, Joaquim Luís e Fernando Henriques da Costa.

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Recordações do passado (XII)



Anos 50, nas Seladas.
Almoço de homenagem ao senhor Padre André de Almeida Freire.
Reconhecem-se, para além do homenageado, Manuel Martins da Cruz, Padre Américo Braz da Costa, Acácio Mendes da Veiga e Armando da Conceição Simões.
Também Fernando Nunes Paiva, José Nunes Baeta, António de Olivença Martins, António de Olivença Almeida, Claudino Santos Duarte e filho, Manuel do Carmo, Francisco Luís, António Luís Nunes Duarte e Albano de Almeida, entre outros.
Abel dos Santos parece estar a assegurar-se de que tudo está bem nas mesas.
Manuel de Almeida Santos foi "apanhado" quando se preparava para tirar uma fotografia.

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Recordações do passado (XI)



Esta fotografia que vai enriquecer o nosso Álbum de Recordações, terá sido tirada em 19 de Setembro de 1943, no dia do primeiro pic-nic realizado pela União Progressiva da Freguesia do Colmeal.

Reconhecemos em pé José Augusto Elias, Álvaro Domingues de Almeida (o "Álvaro do Roçaio), Ernesto Braz (a tocar guitarra) - tinha uma venda de fruta entre o princípio da Rua do Benformoso e da Calçada da Mouraria, local onde se juntavam a conversar conterrâneos das várias aldeias da freguesia do Colmeal - , Maria de Almeida Brás e Alfredo Pimenta Brás, Idalina do Espírito Santo Pinto e Manuel Pinto do Patrocíno (irmão do "ti Xico das Quotas").
De cócoras, à esquerda António Santos Almeida (Fontes) e o seu grande amigo Eduardo Ferreira (Elias). Depois, "em pose artística" (veja-se a colocação da mão no queixo...) o ainda jovem Joaquim Luís Pinto, que tem a responsabilidade da quotização da União, tal como teve seu pai durante muitos anos.
Como se costuma dizer... filho de peixe sabe nadar.
E os três pequenos de baixo são a Maria Eugénia de Almeida Brás (que gentilmente nos cedeu esta fotografia) e um seu irmão, Fernando Almeida Brás, que faleceu quando ainda muito jovem. No meio deles, Maria da Luz Pinto, filha do casal à direita na foto.
Naquele tempo, a maioria da colónia colmealense em Lisboa residia na Mouraria (Ruas do Capelão, de João do Outeiro e da Amendoeira), Largo da Guia e Pátio do Coleginho, na Calçada de Santo André e nas Ruas do Terreirinho e do Benformoso - onde um fado dizia que "havia boas gargantas".
Mas também em Alfama, Castelo, São Cristóvão e São Lourenço e na zona das Escolas Gerais onde existiam apreciáveis núcleos de conterrâneos, não só do nosso concelho, mas também dos concelhos vizinhos de Arganil e Pampilhosa da Serra.
A proximidade residencial e os encontros quase diários permitiam o fortalecimento de amizades duradouras, assim como o debate de ideias e procura de soluções para se poderem ultrapassar as muitas carências existentes nas suas aldeias de origem.
E assim, de recordações, iremos tentando fazer a "História da União".
Com a sua ajuda, poderemos amanhã, escrever outra página.

UPFC

Lavando no rio...


Há um ano atrás a imprensa regional publicava esta fotografia, encontrada nos nossos baús de recordações.
No tempo em que ainda se lavava no rio… com água corrente e sem amaciador.
Algumas pedras, lisas e de tanto batidas, se as enchentes as não levaram, estarão por lá, talvez perguntando por que se esqueceram delas.
Reconhecemos em pé, duas grandes mulheres já desaparecidas.
Maria Preciosa e Maria Adelaide Reis.
Pessoas simples, trabalhadoras incansáveis, casadas que foram com dois pequenos grandes “Homens da União” – Joaquim Luíz e António Nunes dos Reis.
Numa época difícil atravessada pela I Guerra Mundial, criaram respectivamente, dois e quatro filhos, no tempo em que os filhos se criavam independentemente das condições de vida em cada casa. Casa que muita vez era repartida e partilhada com outros parentes e conterrâneos que demandavam a cidade à procura de melhores proventos.
Tempo de senhas de racionamento, de filas para os abastecimentos.
Mas tempo em que nunca faltava a solidariedade. Havia sempre uma côdea de pão, mesmo que rijo fosse. Uma malga de sopa ou de fava-rica para “enganar” o estômago.
Nestes tempos idos, só os homens “andavam” pelo Regionalismo.
E assim, é natural que só os filhos homens aparecessem a lutar pelo que consideravam justo e necessário para as suas aldeias.
António Luís Nunes Duarte e Joaquim Luís Pinto, ainda hoje a colaborarem com a União, são um exemplo perfeito de transmissão de genes de pai para filhos.
Armando Nunes dos Reis (falecido em 2006) e Horácio Nunes dos Reis, felizmente ainda entre nós, outros dois bons e enormes exemplos de longevidade a servirem a União e o regionalismo serrano.
Exemplos a serem pensados, aplaudidos e seguidos pelos mais novos.
Estes “Homens da União” nunca regatearam esforços nem nunca denotaram cansaço.
Vamos continuar a remexer nos nossos baús. Outros exemplos hão-de surgir.

A. Santos

Recordações do passado (X)


Trafaria

No verso da fotografia, uma letra bem desenhada traz até nós esta "Recordação da Praia da Trafaria, dia 31 de Julho de 1932, a um domingo, festejando a festa do Colmeal."
Reconhecem-se, setenta e cinco anos depois, alguns dos presentes.
Maria Inocência Neves (a Fava Rica) sentada ao centro, de escuro, e os dois filhos Arminda e António Domingos Neves. António dos Santos Duarte com o que parece ser uma bilha de barro ao ombro. A seu lado Alberto Fontes. Arminda Fontes (?) encoberta. Será o seu filho António, à frente dela?
Quem toca ou quem canta não se consegue saber. Temos pena de não poder identificar os restantes.
Sabemos que nos compreenderão.
Mas acreditamos que todos cantaram um bocadinho porque no Colmeal sempre houve boas cantadeiras e bons tocadores. E naqueles tempos ir à Trafaria tornava-se num passeio agradável. Quantos dos que hoje nos estão a ler já foram á Trafaria?...
A União Progressiva dava por essa altura os seus primeiros passos. Tinha sido fundada menos de um ano antes.

UPFC

Recordações do passado (IX)


SOITO

Finais dos anos quarenta do século passado.
Vamos apenas identificar algumas das jovens de então. É de propósito.
Maria dos Santos, Jesuvina de Jesus, Germana de Almeida, Maria José e Margarida Marques.
Pretendemos com isso a participação de outras pessoas que as possam facilmente reconhecer e assim colaborar no Blog da União.
E já agora, quem é o pequeno de boné?...

UPFC

Recordações do passado (VIII)


Fotografia tirada nos anos 30/40 do século passado.
Uma uniformidade quase total na pose (veja-se a posição das mãos), um esboço de sorriso e um sorriso mais aberto.
Joaquim Fontes e o irmão Alberto Fontes, António Domingos Neves, Alfredo Ferreira e José Domingos.
Uma recordação e também uma saudade.

UPFC

A UPFC na imprensa regional



"União Progressiva da Freguesia do Colmeal"

Lisboa, 2. - Esta agremiação leva a efeito, no próximo sábado, com início pelas 21,30 horas, na Casa das Beiras, no Largo de S. Domingos, 14, 2º, uma grandiosa «soirée"», composta de baile e variedades.
A direcção da agremiação em festa aguarda a presença de todas as famílias da colónia colmealense residente nesta cidade."
in Jornal de Arganil, nº 1:689 de 5 de Novembro de 1959

Os mais antigos ainda se lembram destas festas e alguns dos mais novos também.
Por esta altura, a União era uma jovem colectividade com 28 anos.
Dirigia os seus destinos, um dos seus fundadores - José Henriques de Almeida.
Na vice-presidência, José Nunes de Almeida. António Simões Lopes e Manuel Martins Barata secretariavam.
João de Deus Duarte, era o tesoureiro. Como vogais, Abel dos Santos, Horácio Nunes dos Reis, Silvério Almeida Santos e António Luís Nunes Duarte.
A Comissão de Festas e Assistência era constituída por: Albano de Almeida, Alfredo Pimenta Braz, António Ferreira Ramos, António Manuel Alves Henriques, António Marques Joaquim, António Olivença Martins, Fernando Henriques da Costa, Fernando de Jesus Oliveira, Fernando Manuel Gonçalves Braz, Horácio Nunes dos Reis, Jaime de Ascenção, Manuel de Almeida Santos, Manuel Duarte de Almeida, Manuel Henriques Machado, Manuel Simões Nunes e Rui Francisco Neves.

A fotografia que aqui apresentamos não é dessa festa. Foi tirada em 4 de Maio de 1957, numa outra «soirée» da União, também na Casa das Beiras e que tão concorridas eram.
Cinquenta anos depois, apenas um dos três está entre nós.
O da esquerda. Ainda não tinha catorze anos.

António Santos

Veja as diferenças...



É normal encontrarmos nos jornais e revistas dois quadros muito semelhantes para que possamos descobrir as diferenças entre eles.
Temos aqui duas fotografias de uma das partes bonitas do Colmeal (Estreitinho e Eira) sem que o seu autor algum dia pensasse que elas pudessem vir a ocupar a nossa atenção... para se verem as diferenças.
Mas elas existem.
O casario de xisto com telhado de loisa predominava ao tempo.
A estrada Rolão-Colmeal não existia. A casa branca do Pimenta Braz também não.
Do lado direito nota-se que algumas das casas foram alteadas.
A Igreja, tão branquinha na primeira foto, parece estar a começar a entrar no processo que a conduz ao aspecto deplorável que hoje apresenta.
Outras diferenças irá encontrar.
Entretenha-se um pouco e diga-nos quais são.

UPFC